Perfeito! Aqui está a reportagem limpa, sem os asteriscos:
Em 2024, o Brasil exportou mais de 10 milhões de toneladas de carne — somando bovinos, suínos e aves — consolidando sua posição como potência global nas carnes de frango e bovina, e figurando entre os cinco maiores no segmento suinícola. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a FAO estimam que, até 2034, o consumo mundial de carne crescerá em quase 48 milhões de toneladas, o que representa um aumento médio de cerca de 0,9 kg per capita por ano. Dentre as proteínas, o frango deve liderar o crescimento (47% do aumento total), por ser a opção mais acessível, de ciclo rápido e com menor impacto ambiental.
TRUNFOS ESTRATÉGICOS DO BRASIL
O país conta com três grandes vantagens competitivas:
- Sanidade reconhecida: desde 2025, o Brasil é considerado livre de febre aftosa sem vacinação, o que facilita o acesso a mercados premium.
- Capacidade de expansão: é um dos poucos países com espaço para crescer sua produção sem comprometer a segurança alimentar interna.
- Eficiência produtiva: sistemas como Integração Lavoura-Pecuária (ILP) e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), além do confinamento, aumentaram significativamente a produtividade por hectare.
A taxa de desfrute — relação entre abates e rebanho — subiu de 11% nos anos 1990 para cerca de 22% nos dias atuais, em determinadas operações chegando a mais de 30%. Tecnologias como nutrição balanceada, genética superior, e uso integrado de pastagem e confinamento reduziram a idade de abate e elevaram a eficiência da produção.
PRODUTIVIDADE POR TIPO DE PROTEÍNA
- Frango: ciclo de apenas 42 dias até o abate, com uma conversão alimentar de 1,7 kg de ração para cada kg de carne — uma das melhores taxas entre as proteínas.
- Suínos: ciclo entre 150 a 180 dias, com conversão próxima de 2,6:1, permitindo flexibilidade no abastecimento.
- Bovinos: sistemas integrados e confinamento tornaram possível produzir mais carne por hectare com menores custos fixos e maior padronização de qualidade.
DESAFIOS PERSISTENTES
O setor ainda enfrenta obstáculos importantes:
- Custo dos grãos: milho e soja representam até 70% dos custos na avicultura e suinocultura.
- Logística interna: gargalos no transporte e portos ainda encarecem o custo Brasil.
- Exigências ambientais: metas como desmatamento zero e rastreabilidade se tornam obrigatórias para manter mercados exigentes.
- Saúde animal: riscos como influenza aviária e peste suína africana permanecem ameaças constantes.
CAMINHO FUTURO
O mundo caminha para uma nova era da proteína animal, impulsionada pela elevação da renda e pela inclusão digital. O frango ganha destaque como proteína de maior expansão, seguido pelos suínos, enquanto a carne bovina mantém seu papel como símbolo de status e qualidade. O Brasil, com sua eficiência, escala e sanidade consolidada, está bem posicionado para atender essa demanda global crescente.
Para ir além da produção, é essencial que o país transforme os ganhos de produtividade em uma narrativa robusta de sustentabilidade, rastreabilidade e qualidade premium. Assim, não apenas suprirá a nova demanda global, mas também se firmará como fornecedor de última instância em proteínas animais no mundo.
Fonte: Canal Rural
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