Um apagão prolongado em uma granja no interior do Brasil resultou em uma cena de devastação, com a morte de aproximadamente 8 mil frangos. O incidente, causado por uma queda de energia que durou um dia inteiro, levanta questões sobre a infraestrutura rural e os prejuízos para pequenos produtores.
O Incidente
De acordo com a reportagem do portal O Em Dito, a granja, localizada em uma zona rural, ficou sem energia elétrica por 24 horas. A falta de energia é crítica em criações de aves em sistema confinado, pois interrompe o funcionamento de equipamentos essenciais para a manutenção da vida dos animais.
Os ventiladores e sistemas de exaustão, responsáveis pela renovação do ar e pelo controle da temperatura dentro do galpão, pararam de funcionar. Com a concentração de animais em um espaço reduzido, a temperatura interna elevou-se rapidamente, e os níveis de amônia e gás carbônico provenientes das fezes dos frangos atingiram patamares letais. Os animais morreram por asfixia e hipertermia (aumento excessivo da temperatura corporal).
Prejuízos e Impactos
A perda dos 8 mil frangos representa um duro golpe financeiro para o produtor rural. Além do prejuízo direto com a morte dos animais, que estavam em fase de engorda, o produtor arcou com os custos de descarte adequado das carcaças, necessário para evitar problemas ambientais e sanitários. O incidente também causa um impacto na cadeia de abastecimento local, reduzindo a oferta do produto na região.
Este caso específico ilustra um problema mais amplo enfrentado por produtores rurais, especialmente os de pequeno e médio porte: a dependência crítica de uma infraestrutura de energia estável. Falhas no fornecimento, comuns em algumas regiões do país, podem colocar em risco investimentos de meses em questão de horas.
A Responsabilidade das Concessionárias
A reportagem aponta que o produtor afetado alega não ter sido notificado pela concessionária de energia sobre a interrupção prolongada. A falta de comunicação impede que os criadores tomem medidas emergenciais, como alugar geradores de energia alternativa para manter os equipamentos mínimos em funcionamento.
Especialistas em direito do agronegócio afirmam que, em casos como esse, o produtor pode buscar indenização junto à empresa fornecedora de energia, desde que consiga comprovar que a falha no fornecimento foi a causa direta do prejuízo e que a concessionária agiu com negligência.
Alerta para o Setor
A tragédia serve como um alerta para outros avicultores. A recomendação para mitigar riscos é investir em sistemas de backup, como geradores a diesel ou a gás, que entram em funcionamento automaticamente logo após uma queda de energia. Embora representem um custo adicional, esses equipamentos são considerados um seguro essencial para proteger o investimento contra a instabilidade do fornecimento elétrico.
O caso reforça a necessidade de diálogo entre o setor produtivo e as concessionárias de energia para melhorar a confiabilidade da rede nas zonas rurais e estabelecer protocolos de comunicação mais eficazes em caso de interrupções programadas ou emergenciais.
Foto Ilustrativa

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