A recompensa já tem valor… quando o silêncio começa a pesar mais que a dor.
Na pequena Icaraíma, o enredo que parecia caminhar para o esquecimento ganhou um novo e surpreendente capítulo. Familiares de três dos quatro homens desaparecidos decidiram romper o silêncio e colocar ainda mais dinheiro em jogo. A cena lembra um faroeste sombrio: rostos estampados, promessas de recompensa e a sensação de que, a qualquer momento, alguém pode aparecer com a chave para o mistério.
Se antes eram R$ 50 mil, agora a recompensa dobrou. Nesta primeira semana de agosto, os parentes anunciaram que estão oferecendo R$ 100 mil por informações reais que levem ao paradeiro de Robishley Hirnani de Oliveira (53), Rafael Juliano Marascauti (43) e Diego Henrique Afonso (39) — estejam eles vivos ou mortos. O quarto desaparecido, Alencar Gonçalves de Souza, segue listado entre os que sumiram na última cobrança, mas sua família não participa da oferta. A ausência desse nome na campanha só aumentou as especulações — por quê?
Além disso, os parentes mantêm a proposta de R$ 30 mil para quem entregar informações sobre os acusados de envolvimento no crime, Antônio Buscariollo (66) e seu filho Paulo Ricardo Buscariollo (22), que seguem foragidos desde 8 de agosto, quando tiveram a prisão decretada.
Para facilitar o acesso, a família também divulgou um telefone para contato direto: (95) 99147-0384. Mensagens e ligações podem ser feitas por quem tiver qualquer detalhe que ajude a esclarecer o caso.
Na cidade, os rumores ganham força. Há quem diga que os Buscariollo estão escondidos nas matas fechadas da região, sobrevivendo no silêncio. Outros, em sussurros carregados de medo, acreditam que há alguém mais poderoso por trás de toda essa trama, manipulando as peças para que nada seja esclarecido.
Agora, com o prêmio elevado e a promessa de que qualquer informação válida — mesmo que revele um desfecho cruel — será paga, a tensão em Icaraíma cresce. Todos parecem perguntar a mesma coisa: quem terá coragem de falar primeiro?

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