Uma despedida inusitada e emocionante chamou a atenção no cenário nacional. Em Aparecida de Goiânia (GO), o carpinteiro aposentado Quirino da Silva Souza, falecido aos 96 anos, foi velado de uma forma surpreendente: sentado em uma poltrona, com as pernas cruzadas e vestindo uma roupa social, como se estivesse em uma reunião familiar.
A cena, que rapidamente viralizou, foi um pedido da família de seu Quirino para proporcionar uma “despedida em vida”, fugindo do tradicional caixão, velas e coroas de flores.
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Homenagem à Vida e ao Gosto por Conversar
Segundo a família, a ideia era fazer uma última homenagem que refletisse a singularidade do idoso. Quirino, que lutava contra um Alzheimer severo e estava acamado há 10 anos, era conhecido por gostar muito de sentar e conversar com as pessoas.
A filha do carpinteiro, Flávia da Silva, explicou que a iniciativa surgiu do desejo de tornar o ambiente mais “harmonioso”, afastando o clima de tristeza de um velório tradicional.
“Meu pai ficou 10 anos acamado, em decorrência de um Alzheimer severo, então é muito gratificante fazer a última homenagem com ele sentado, pois gostava de sentar e conversar com as pessoas. Quis dar a oportunidade aos nossos familiares de ter esse último momento ao lado dele”, declarou1 Flávia Silva à imprensa.
O corpo permaneceu na posição sentada por cerca de sete horas, na sala de homenagens da Funerária Paz Universal, em uma cena que foi comparada a uma “roda de conversa” por um familiar.
Apesar de alguns parentes terem ficado espantados inicialmente, o velório inusitado gerou reações diversas na internet, com muitos usuários comentando sobre a quebra de protocolo e a beleza da homenagem.
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Inédito no Brasil, Inspirado em Outros Países
O velório de Quirino da Silva Souza é considerado inédito no Brasil nos moldes realizados, mas a prática já possui registros em outros países, como Porto Rico, México e Estados Unidos, onde funerais personalizados buscam retratar a personalidade ou os gostos do falecido, como ser velado em cima de uma motocicleta ou segurando um controle de videogame.
O diretor-executivo da funerária responsável confirmou que a empresa buscou tornar a homenagem possível, utilizando técnicas como a Tanatopraxia e massagens para o relaxamento, para conseguir posicionar o corpo do idoso de maneira não convencional.
Apesar da despedida em poltrona, no momento do sepultamento, o corpo de seu Quirino foi acomodado de forma tradicional em um caixão, conforme exigido pelas normas do cemitério.
O caso de Aparecida de Goiânia levanta uma reflexão sobre novas formas de encarar o luto e homenagear a memória dos entes queridos, destacando a importância de uma despedida que celebre a vida e a individualidade do falecido.
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