À polícia, Vinicius Batista Serra disse que tomou vinho, dormiu e, ao acordar, teve um surto e bateu em Elaine Caparroz. Ele já tinha registro criminal feito por familiares, após ele agredir pai e irmão.
A delegada Adriana Belém, que investiga o caso em que um homem agrediu uma mulher por quatro horas no apartamento dela na Barra da Tijuca, afirmou que acha "inconcebível" ele ter tido um surto durante o episódio de espancamento – apurado como tentativa de feminicídio.
Em depoimento à polícia, Vinicius Batista Serra, de 27 anos, disse que tomou vinho, dormiu e, ao acordar, teve um surto psicótico que o fez bater em Elaine Perez Caparroz, de 55 anos. Belém questiona o fato de ele ter tido ao porteiro do prédio que se chamava Felipe.
“É inconcebível a gente acreditar que uma pessoa que vá ter um surto já entre de forma premeditada com um outro nome, no apartamento dessa moça. Essa pessoa que alega ter tido um surto psicótico já agrediu um irmão deficiente, já existe um registro de 2016, já agrediu o pai. Então seriam tantos surtos assim?”, questionou a delegada.
Vinicius foi detido inicialmente em flagrante, por tentativa de feminicídio. Nesta segunda, a Justiça do Rio converteu a prisão em preventiva. Na decisão, o juiz também determinou que ele passe por exame médico psiquiátrico.
Homem preso em flagrante por espancar mulher já tinha histórico de agressão

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Agressão a pai e irmão
Ainda de acordo com as investigações, Vinicius já tinha agredido seu irmão deficiente e o pai. A delegada Adriana Belém afirmou que o agressor tinha registros criminais desde 2016, quando foi denunciado por sua própria família.
Inspetores da Polícia Civil estiveram no apartamento da família do agressor, mas ninguém quis recebe-los. Os policiais entregaram uma intimação para que os pais compareçam à delegacia para prestarem depoimento.
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Foto de Vinícius Batista Serra nas redes sociais — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Relação começou na internet
Os dois se conheceram pelas redes sociais há oito meses e marcaram um jantar na casa dela. Ao chegar no condomínio, Vinícius disse na portaria que se chamava Felipe. Elaine ficou com o rosto desfigurado e estava internada em um hospital até o fim da tarde desta segunda-feira (18).
O zelador do condomínio chamou a polícia, depois de ser alertado por vizinhos sobre os gritos de socorro. Uma vizinha de Elaine entrou no apartamento após ouvir gritos e achou, em um primeiro momento, que ela estivesse morta.
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No registro da portaria do prédio onde mora a paisagista consta que Vinicius entrou no local se apresentando como Felipe — Foto: Reprodução
“Eu não hesitei. Eu coloquei a primeira roupa que vi e saí subindo. Chegando lá eu encontro uma cena deplorável que foi uma mulher praticamente morta, eu achei que ela estivesse morta. A pessoa que agride uma mulher dessa forma é um monstro”, afirmou a vizinha.
As manchas de sangue ficaram espalhadas por todo o apartamento após quatro horas de agressões.
Com informações do G1 / Video reprodução BAND
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