Quarta-Feira, 12 de Marco de 2025
Abrigos provisórios para pessoas em situação de rua podem ser proibidos para não tirar ‘a beleza’ de Curitiba
Comportamento
Abrigos provisórios para pessoas em situação de rua podem ser proibidos para não tirar ‘a beleza’ de Curitiba
Comportamento / 05-02-2025

O autor da proposta, vereador Eder Borges (PL), argumenta que este tipo de moradia temporária causa poluição visual e a depredação do patrimônio público, além de favorecer o aumento da criminalidade

 

 

Um projeto de lei que tramita na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) pretende proibir a construção de abrigos provisórios nas ruas da cidade. O PL é de autoria do vereador Eder Borges (PL). O autor da proposta argumenta que este tipo de moradia temporária causa poluição visual e a depredação do patrimônio público, além de favorecer o aumento da criminalidade.

Com apenas três artigos, a proposta veda o uso de barracas, colchões e outros objetos similares em vias públicas ou em qualquer outro local que não seja destinado à instalação de abrigos temporários. “Os espaços públicos devem assegurar a urbanidade do trânsito de pedestres, veículos e acesso para as atividades afins, conforme estabelecidas em leis, que não moradias irregulares”, complementa o texto.

“É perceptível a crescente proliferação de barracas, colchões e moradias improvisadas, sobretudo na região central de Curitiba, que, conforme constatado em diversas abordagens da Guarda Municipal e da Polícia Militar, servem como depósitos de drogas ilícitas e materiais furtados, com isso fragilizando a segurança pública”, argumenta Eder Borges. 

Segundo o vereador, as pessoas em situação de rua têm acesso aos abrigos da Prefeitura de Curitiba, administrados pela FAS (Fundação de Ação Social) e entidades conveniadas, “com estrutura e competência para darem o devido encaminhamento a partir da triagem”. “Não deve ser permitida a instalação de barracas e abrigos improvisados em vias públicas, o que na prática favorece a criminalidade, além de causar terrível poluição visual, depredação do espaço público, afeta a ordem urbana e reforçar a condição de indignidade dessas pessoas”, reforça.

Projeto de Eder Borges aguarda a instrução da ProJuris

Protocolado em 9 de janeiro, o projeto de Eder Borges aguarda a instrução da Procuradoria Jurídica (Projuris) da CMC para, então, seguir para a análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Caso acatada, a proposição será encaminhada para os outros colegiados permanentes, indicados pela CCJ de acordo com o tema da matéria.

As comissões podem solicitar estudos adicionais, anexação de documentos, revisões no texto e posicionamento de órgãos públicos. Concluída tal etapa, o projeto estará apto para a votação em plenário, mas não há um prazo regimental para a tramitação completa. Se aprovada, a iniciativa será enviada para a sanção do prefeito. Se vetada, caberá à Câmara a palavra final – ou seja, se mantém o veto ou se promulga a lei. 

 


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